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INSÔNIA

Arte

publicado: 05/09/2019 09h03 última modificação: 05/09/2019 09h03

INSÔNIA

Beatriz Wolf Farias[i]

 

A solidão das noites frias e o som dos veículos lá fora,

Fazem com que você se torne minha constante noturna.

Talvez isso explique minhas olheiras, as quais eu nunca tive.

A não ser por esses tempos de tempestade.

A minha volta, pessoas evitam pronunciar teu nome.

Enquanto mentalmente, eu te invoco sem fim.

Assim, me lembro da sua instiga pela alquimia.

Você não sabia, mas me soava como um mago, toda vez que tocávamos no assunto.

Era lindo.

Lindo como aquele céu que cobria o campo de futebol quando nos deitamos no orvalho.

Me perguntaram se eu não consigo escrever sobre outra coisa.

E eu digo, não agora.

Quando minhas lembranças de ti forem substituídas,

Aí então, escreverei sobre outra coisa.

Ou talvez eu nem escreva mais.

Eu preciso sentir.

Sentir para que eu não faça de novo.

Como se não existisse dor que te trouxesse de volta.

E na verdade, não tem.



[i] Acadêmica do 2º ano de Ciências Biológicas - Campus de Paranavaí