Geral
Alimentos do MST serão doados a mais de 100 famílias atendidas pelo comitê da Unespar de Campo Mourão
Geral
Mais de 100 famílias cadastradas pelo Comitê de Apoio às Pessoas em Situação de Risco Social do campus de Campo Mourão da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) devem receber os alimentos doados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A doação de mais de uma tonelada de alimentos, produzidos pelo próprio MST em assentamentos e acampamentos da região, foi recebida pelo Comitê, coordenado pela professora Áurea Viana, e pelo diretor de campus, professor João Marcos Avelar, na tarde desta quinta-feira.
A iniciativa teve também a participação do Sindicato dos Bancários, parceiro do comitê e para onde seguem os alimentos para higienização e montagem das cestas que serão distribuídas, e da Casa Terra Coletiva, que articulou a doação de outra meia tonelada de alimentos do MST à Santa Casa e mais cerca de 70 kg a 12 famílias da Cooperativa Resíduo Solidário (Cooperesíduos). As doações fazem parte de uma ação nacional do movimento que já distribuiu mais de 500 toneladas de alimentos em diversos estados do norte ao sul do país - só no Paraná, foram 85.
“Essas doações não são sobras, nós estamos dividindo o que produzimos para consumo de nossas próprias famílias com outras famílias que podem estar com mais dificuldade que nós”, ressalta Martina Unterberger, integrante da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que participou da ação. As frutas, arroz, feijão, abóboras e tubérculos doados foram cultivados por 264 famílias que vivem nos assentamentos e acampamentos nos municípios de Peabiru (Santa Rita e Monte Alto), Quinta do Sol (Marajó, Roncador e Valdeir Roque) e Irmã Dorothy (Barbosa Ferraz).
COMITÊ - Todos os campi da Unespar contam com um Comitê de Apoio às Pessoas em Situação de Risco Social, criados pela Reitoria para atuar durante o período de pandemia do novo coronavírus. Em Campo Mourão, o comitê tem frentes de atuação que englobam o apoio com alimentos e material de higiene para estudantes e pessoas da comunidade mais vulneráveis, apoio aos estudantes sem acesso a internet e prestação de informações sobre o Auxílio Emergencial. Para facilitar a comunicação e atender de forma mais imediata, o comitê organizou um canal direto com a comunidade interna e externa, por meio do formulário disponibilizado no site do campus.
PARCERIA - Conforme explica a coordenadora do comitê, já são mais de 10 anos de aproximação entre a universidade e o MST. O contato iniciou em 2007 com objetivo de prestar apoio às 70 famílias que se encontravam sob ameaças de despejo por ocuparem a área do pré-assentamento Irmã Dorothy.
No mesmo ano o campus criou o Projeto de Extensão Universitária Edufruti, ampliando a participação nos pré-assentamento Nossa Senhora do Carmo e Irmã Dorothy por meio de alfabetização de jovens e adultos e orientações técnicas-pedagógicas para o cultivo, manejo do maracujá. O projeto, vinculado e financiado pelo Programa Universidade Sem Fronteiras da então Secretaria de Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (SETI), foi ampliado entre 2009 e 2011. Neste período e até recentemente, diversas aulas de campo de cursos da universidade foram realizadas no pré-assentamento.
Em 2014, as famílias do Irmã Dorothy receberam um concerto exclusivo da Orquestra Latino Americana (OLA), grupo formado por alunos, professores, egressos e músicos da comunidade do campus Curitiba II/FAP da Unespar. A ação foi viabilizada pela Diretoria de Cultura e Gabinete da Reitoria durante uma série de apresentações da orquestra na região de Campo Mourão.
Mais recentemente, o MST promoveu duas edições da Feira Agroecológica no campus da universidade. A primeira no Seminário Cortina Verde (2019), organizado pela Unespar e Ministério Público, e a segunda na semana de recepção aos calouros (2020), organizado pelo Movimento Estudantil Marielle Franco e Casa Terra Coletiva.
Acompanhe a Unespar nas redes sociais
www.facebook.com/UnesparOficial
www.twitter.com/UnesparOficial