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CAD Unespar afirma que universidade pode fechar, sem recursos para custeio

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publicado: 12/02/2015 17h44 última modificação: 05/07/2022 08h23

O Conselho de Planejamento, Administração e Finanças (CAD) da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) se reuniu com seus conselheiros e representantes de toda a comunidade universitária para discutir, sobretudo, a situação econômica da instituição. Após as informações apresentadas pelas pró-reitorias concluiu-se que a Unespar também corre o risco de ser fechada caso não receba, do governo do Estado, as verbas de custeio.

De acordo com levantamento da pró-reitoria de Administração e Finanças, a instituição tem sofrido cortes considerados altos nos últimos dois anos. “Por meio do cálculo realizado, a redução chega a 57,6% do orçamento”, apresentou o pró-reitor, professor Rogério Ribeiro.

O orçamento de custeio previsto para a universidade em 2014 era de R$ 15,8 milhões. No entanto, o governo liberou apenas R$ 9,1 milhões e ainda falta repassar R$ 1,9 milhão do valor referente ao ano passado. Desta forma, com base nos levantamentos preliminares da pró-reitoria, a universidade acumula um total de R$ 2,5 milhões em dívidas que ainda não foram pagas.

Como explica Ribeiro, esses valores são destinados exclusivamente para o custeio de manutenção dos espaços de todos os sete campi da Unespar como salas de aulas, laboratórios, entre outros. “Para garantir um funcionamento satisfatório, sem exagero e sem deixar faltar o básico, precisamos que os recursos sejam liberados. Para este ano, nossa necessidade é de R$ 14 milhões. Além disso, precisamos do repasse da verba do ano passado. Algo diferente disso coloca em risco as atividades da universidade”, afirma o pró-reitor.

Outra preocupação, conforme informações da pró-reitoria de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento, é que o estado ainda está devendo o pagamento do 1/3 de férias de todos os agentes universitários e professores, bem como o encerramento de contrato dos professores colaboradores.

O reitor, professor Antonio Carlos Aleixo, destaca que essas questões prejudicam o planejamento e execução das atividades que são prioridades, essenciais e função da universidade. “A Unespar já trabalha com pouquíssimos agentes universitários e depende de terceirizados e estagiário. Se não houver recursos do tesouro, para custeio, teremos que fechar alguns campi por falta de quem limpe as salas, por falta de papel higiênico e por falta de segurança”, enfatiza.

Após a reunião que realizou, o CAD ainda divulgou Carta Aberta que pode ser acessada aqui. No documento, estão listadas as limitações e problemas que a Unespar enfrenta diante dos cortes de repasse até o ano passado e reafirma a impossibilidade concreta de início do período letivo de 2015 caso o governo estadual não libere verbas de custeio para a instituição.