Em dezembro, durante a reunião de encerramento do Conselho de Planejamento, Administração e Finanças (CAD) da Universidade Estadual do Paraná, foi aprovado o acordo de Cooperação Técnica, Científica e Cultural entre Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC/PR), referindo-se ao uso do imóvel Palacete Mathias Bohn, situado no centro histórico de Paranaguá. A negociação sobre o uso gratuito do espaço foi iniciada pelo vice-reitor Sydnei Kempa e por fim autorizada pela Lei Estadual n°19280, com vigência de 19/12/2017 a 19/12/2022.

O plano de trabalho, que integra o Termo de Cooperação, foi elaborado pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura, junto a uma comissão de professores do campus de Paranaguá. O plano visa ocupar o espaço utilizando-o com características de um Centro Cultural dotado de uma dinâmica de ensino, de pesquisa e de extensão que seja um catalisador da identidade acadêmica do Campus de Paranaguá  e da comunidade local. Esse objetivo encontra amplo respaldo no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Unespar que ao abordar as ações de caráter continuado para Extensão e Cultura estabelece, entre outros, o fomento à atividades artísticas, culturais, esportivas e científico-tecnológicas visando promover a integração entre as unidades universitárias e o desenvolvimento de  projetos institucionais de preservação do patrimônio histórico-cultural. Está previsto pelo documento que, inicialmente, o gerenciamento de atividades seja feito pelos cursos de História, Letras e Pedagogia deste campus, dividindo-se em três áreas: literatura, teatro e cinema.

Palacete Mathias Bohn

Localizado na Rua da Praia, o prédio foi construído no início do século XIX e faz parte do conjunto arquitetônico do Centro Histórico de Paranaguá, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em dezembro de 2009.

A construção original, com características da arquitetura luso-brasileira, teve sua fachada reformada no início do século XX, quando foi adquirido pelo empresário alemão Mathias Böhn. O comerciante conferiu ao imóvel uma ornamentação característica do ecletismo arquitetônico, configuração mantida até hoje. Seus dois pavimentos eram destinados ao uso comercial (térreo) e residencial (andar superior), distribuição característica da época. Anteriormente, o prédio já havia sido sede da Prefeitura de Paranaguá, da Câmara Municipal e da Alfândega Portuária.

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