O estudo de caso, A Casa Etelvina, Novos Usos Urbanos, Agricultura Orgânica e Preservação do Patrimônio, desenvolvido por Denise Bandeira, docente do campus de Curitiba II da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), pela arquiteta Renate Melanie O. D´Amico, especialista do Reabilita, e pelo arquiteto Germano Oertel será apresentado no Congresso Internacional Patrimônio Cultural Identidade e Imaginários 2023 (CPCidi), realizado pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da Universidade de São Paulo (USP), campus São Carlos. 

O evento será realizado de 8 a 10 de maio, no Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP - campus São Carlos, e tem por objetivo representar a proposta de um espaço para debate sobre o Patrimônio Cultural no seu campo ampliado, de modo a reconhecer valores das representações pelas quais grupos sociais se identificam.

Segundo Denise Bandeira, o artigo trata da proposta de Projeto Arquitetônico da Reforma de Recomposição da Edificação Existente e Construção de Unidade de Apoio Educacional para o Programa Paraná Mais Orgânico - do campus de Paranaguá. “Considerando o uso pretendido como inovador e a partir dos princípios do desenvolvimento sustentável, o projeto advoga a preservação do Patrimônio Arquitetônico vinculado a um novo uso, que contempla as práticas da agricultura orgânica, em imóvel localizado no centro histórico da cidade de Paranaguá”, complementa.

O resumo do trabalho, que consta no material de apresentação do evento, conta que a Casa Etelvina Lopes foi doada pelo Estado à Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (FAFIPAR), em 2003, atual campus de Paranaguá da Unespar. Neste ínterim, diferentes projetos foram pautados para o imóvel e, o interesse patrimonial pela Casa permaneceu latente, sendo imprescindível sua retomada. Somente em 2020, tornou-se não mais um depósito de bens inservíveis, mas um objeto de estudo e com uma nova proposição de uso, se propôs uma obra para restaurar a edificação, já na categoria de Recuperação de Patrimônio Arquitetônico. 

O imóvel está localizado à Rua Conselheiro Sinimbú, nº 152 e 148 (antigo nº 31) na cidade de Paranaguá, consistindo de uma casa de estuque e madeira, em mau estado de conservação, que pertenceu a senhora Etelvina Lopes, moradora da cidade e com seu falecimento, a propriedade foi transferida, nos anos de 1990, para o Estado. 

Ainda que o interesse estadual pela aprovação do tombamento do Centro Histórico de Paranaguá tenha se intensificado nos anos de 1980, o que resultou no tombamento do imóvel, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), somente em 2009, reconheceu esse sítio, possibilitando ao imóvel ganhar relevância, sendo necessária registrar sua importância e contribuição para a paisagem do local. 

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