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Lançado programa de extensão sobre desenvolvimento regional de CM

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publicado: 12/02/2015 17h44 última modificação: 05/07/2022 08h26
Exibir carrossel de imagens Programa de extensão tem proposta interdisciplinar e envolve vários cursos do campus de Campo Mourão

Programa de extensão tem proposta interdisciplinar e envolve vários cursos do campus de Campo Mourão

Denominado “Diagnóstico de potencialidade local na Microrregião de Campo Mourão”, foi lançado nesta quarta-feira (6), no campus de Campo Mourão da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), o programa de extensão que visa potencializar ações direcionadas para o desenvolvimento a partir da interdisciplinaridade.

Para marcar o início das atividades, a coordenação organizou o I Fórum de Desenvolvimento Regional. Autoridades e representantes do setor público e da sociedade civil de Campo Mourão e região participaram da programação que contou com palestra de sensibilização sobre a importância do planejamento para alcançar melhores resultados para os municípios, espaço para debates e exposição das realidades vivenciadas.

No lançamento, o diretor do campus de Campo Mourão, professor João Marcos Avelar, lembrou de um diagnóstico das potencialidades da Comcam que foi elaborado, em 2000, pela então Fecilcam. No entanto, boa parte das prefeituras da região não aproveitou os dados. “Com o programa que estamos inaugurando, as entidades, a administração pública e a sociedade civil serão fundamentais para dar o rumo do trabalho, para fortalecer o desenvolvimento e construir uma base para avançar nos sentidos econômico, social e humano dos municípios”, enfatizou.

Avelar citou que o programa tem o apoio do reitor, professor Antonio Carlos Aleixo, que tem demonstrado preocupação da Unespar estar envolvida com a comunidade em que está inserida. Além disso, comentou que o potencial humano e o conhecimento produzido na Unespar devem ser colocados para fora da universidade.

A extensão é a prioridade do trabalho, mas como aponta o coordenador do programa, professor Fábio Rodrigues da Costa, indissociável da pesquisa e do ensino. A proposta é que, por meio do programa e dos projetos associados, os docentes e acadêmicos envolvidos possam ir aos municípios da microrregião e também levar os representantes dos municípios à universidade, debater e encontrar as fragilidades e as potencialidades para aflorar o desenvolvimento.

As ações devem contemplar os municípios de Araruna, Barbosa Ferraz, Campo Mourão, Corumbataí do Sul, Engenheiro Beltrão, Farol, Fênix, Iretama, Luiziana, Mamborê, Peabiru, Quinta do Sol, Roncador e Terra Boa. Uma das ideias é que ocorra um trabalho conjunto e de aproximação entre eles.

De acordo com Costa, quando se fala em desenvolvimento não existe modelo a ser seguido. “Para alavancarmos o desenvolvimento regional podemos aprender com as experiências de outros municípios e instituições, porém as ações a serem realizadas dependem de um olhar específico considerando um diagnóstico sobre as diferentes realidades”, argumenta.

O programa conta, inicialmente, com a participação direta de docentes mestres e doutores dos cursos de Administração, Ciências Econômicas, Geografia, Engenharia de Produção Agroindustrial, Turismo e Meio Ambiente e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar Sociedade e Desenvolvimento (PPGSeD). A perspectiva é de que outros professores e de outros cursos passem a vincular projetos ao programa.

Realidade na Comcam
Abordando o desenvolvimento regional e as possibilidades para a transformação da realidade social, a palestra proferida pelo diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas do campus de Campo Mourão, professor Adalberto Dias de Souza, foi a oportunidade para apresentar um pouco da realidade da Comcam, os desafios e problemas comuns da região, bem como ressaltar as características do que se considera desenvolvimento regional.

Embora a região seja grande em extensão geográfica, a população é pequena. Na análise do cenário, o que se tem atualmente é o aumento da população idosa e a diminuição de jovens; estimativa do IBGE que prevê a redução da população em 58 mil pessoas até 2040; esvaziamento das cidades; diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e; apesar do PIB per capita da Comcam ser um dos mais altos do Paraná, a má distribuição de renda é considerado um dos piores problemas da região.

Diante das questões, Souza alertou sobre a necessidade de elaborar e implementar um plano de desenvolvimento com ações de curto, médio e longo prazo.

Participações
O Fórum e o lançamento do programa contou com a presença do chefe da divisão de Extensão e Cultura do campus de Campo Mourão, professor Walmir Salinas; do diretor do Centro de Ciências Humanas e da Educação, professor Amauri Ceolim; do secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão, Carlos Facco; da vice-prefeita de Peabiru, Maria José do Nascimento; da representante da prefeitura de Roncador, Eliana Ficagna; do presidente do Observatório Social de Campo Mourão, Roberval Ruscetto; da representante do Instituto Nacional do Seguro Social, Maria Dolores Barrionuevo Alves; do representante da Faculdade Unicampo, Rosinaldo Nunes Cardoso; bem como representantes do Senac de Campo Mourão, do Conselho do Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão (Codecam); da Loja Maçonica; assessores políticos, entre outros.

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