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Mulheres representam 53,8% da docência na Unespar

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por Marina Santos Daum publicado: 09/03/2022 14h02 última modificação: 05/07/2022 08h31

As mulheres são maioria entre docentes da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Segundo dados fornecidos pela Pró-reitoria de Gestão de Pessoas e Desenvolvimento (Progesp) em março deste ano, dos 979 professores/as efetivos/as e temporários/as, 527 ou 53,8% são mulheres. Em comparação com 2021, o número de mulheres na docência na Unespar, cresceu 1,6% e está acima da média nacional divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em 2019 registrou que apenas 46,8% dos docentes no Brasil, são mulheres, indicando um crescimento médio nacional de 0,9% a cada quatro anos.

Em busca de equidade e protagonismo feminino, a Unespar procura incentivar mulheres a ocuparem cargos de chefia na instituição. Dentre as sete Pró-Reitorias da Unespar, três contam com mulheres na chefia: Pró-Reitora de Extensão e Cultura (Proec), professora Rosimeiri Darc Cardoso; Pró-Reitora de Ensino de Graduação (Prograd), professora Marlete dos Anjos Silva Schaffrath; e a mais nova Pró-Reitora de Políticas Estudantis e Direitos Humanos (Propedh), professora Andréia Sério Bertoldi.

O protagonismo feminino ainda não é algo comum. Segundo os Indicadores sociais das mulheres no Brasil divulgados pelo IBGE, em 2020 apenas 37,4% dos cargos gerenciais em empresas, eram ocupados por mulheres.

Com a realização das eleições para direção de campus, no ano de 2021, a Unespar pode presenciar algo diferente, mas que tende a se tornar recorrente: dentre os sete campi, duas mulheres atuam como diretoras, a professora Maria Antonia Ramos Costa no campus Paranavaí e a professora Noemi Nascimento Ansay, que substituiu a atual reitora da Unespar, Salete Machado Sirino, como diretora do campus Curitiba II/FAP.

As professoras percorreram uma trajetória acadêmica como professoras, coordenadoras de curso e vice-diretoras de campus. Mesmo com toda a experiência adquirida com o tempo de profissão, consideram que sua atual posição exige responsabilidades técnico-administrativas e superação de desafios.  Para Maria Antonia, o desafio não está apenas no fato de serem mulheres, “mas por estarmos vivenciando questões relacionadas à pandemia, economia, política, dentre outros problemas”. Na perspectiva de Noemi, a posição que ocupam significa ter comprometimento “com nossa comunidade acadêmica, planejar ações conjuntas, ser ordenadora das despesas, buscar soluções para problemas de infraestrutura, representar nosso campus na Reitoria e representar nossa instituição na comunidade externa, com o objetivo de construir uma Universidade que seja pública, de qualidade e inclusiva”.

As professoras também ocupam cargo na docência e na pesquisa em programas de pós-graduação da Unespar e reforçam que as mulheres ainda têm dificuldades em conseguir financiamentos. “Precisamos mostrar para a sociedade qual é o foco de pesquisa e o quanto são importantes para a vida das pessoas e resolução de problemas, para que realmente a mulher tenha seu lugar de destaque como merece”, comenta Maria Antonia.

Em consonância, Noemi complementa a fala de Maria Antonia ao afirmar que atualmente temos mulheres “altamente qualificadas e experientes em todas as áreas do conhecimento podendo, portanto, exercer qualquer cargo no organograma das universidades ou de outras instituições”.

Em 2020 a Unespar também presenciou uma conquista inédita para as mulheres da instituição ao eleger a professora Salete Machado Sirino como primeira mulher reitora da Universidade. Neste ano de 2022, dentre as sete Instituições Estaduais de Ensino Superior, somente a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) também conta com uma mulher como reitora, a professora Fátima Aparecida da Cruz Padoan.