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Primeiros da família a acessarem o ensino público superior marcam matrículas na Unespar
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Em Campo Mourão, dentre os convocados para matrículas do Vestibular 2019-2020 da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) é possível encontrar uma importante afinidade: diversos candidatos são os primeiros de suas famílias a ingressarem em uma universidade pública. A semelhança das histórias pode não ser uma simples coincidência, mas sim resultado direto da Política de Cotas implementada pela primeira vez pela instituição.
É o caso de Thaila Mayna da Silva, de 19 anos. “No princípio eu não acreditei muito, foram uns 10 dias até eu me dar conta que tinha que providenciar a documentação”, diz sorrindo ao relembrar o momento em que viu seu nome entre a lista dos aprovados em primeira chamada. Caloura do curso de História, Thaila conta que no início em sua casa houve um debate em relação ao uso das cotas, mas que depois, pensando em seus direitos, resolveu por optar pelo sistema na categoria de cotas raciais. “Agora vou tentar dar o melhor de mim, com certeza”, afirma sobre as expectativas em relação ao curso.
“A ansiedade está a mil, tanto aqui na matrícula quanto para começar as aulas”, revela Mayara Araújo de Souza. Moradora de Peabiru, ela é primeira da família a entrar no ensino superior e optou pela cota de estudantes de escola pública para ingressar no curso de Economia. Embora não tenha se inscrito pelas cotas, o calouro Vitor Hugo Bittencourt também é estudante de escola pública e comemora a aprovação no curso que sempre quis fazer: Matemática. Em 2018 o curso se consolidou como um dos destaques da Unespar a nível nacional, integrando um total de apenas 12 cursos, entre 450 avaliados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em todo o Brasil, que obtiveram nota máxima (5.0) no Conceito Preliminar do Curso (CPC).
Com apenas 17 anos, Flávia Alessandra Schmidt conta que concluiu o ensino médio a noite e custou a acreditar na aprovação no curso de Geografia - curso que também foi destaque em 2018, sendo um dos seis em todo Brasil a alcançar o CPC 5, o único entre estes ofertado por uma universidade pública. Inscrita como cotista de escola pública, ela é a segunda da família a entrar no ensino superior, mas a primeira em uma universidade pública. Ao seu lado, o pai Ourides Diniz, que trabalha como operador de caldeira, comemora. “Uma filha entrar na faculdade é um motivo de felicidade”, diz. Segundo ele, o fato de se tratar de uma universidade pública vai facilitar a vida da família que reside em Terra Boa, que só precisará arcar com os custos do transporte.
Ampliação do acesso ao Ensino Superior
A criação da Política de Cotas não foi a única ação adotada pela Unespar para a democratização do acesso ao ensino superior. Em 2019 a universidade implementou a matrícula em disciplinas isoladas nos seus cursos de graduação, abrindo a possibilidade para a comunidade externa. De acordo com a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), a intenção é o melhor aproveitamento do Ensino Superior enquanto bem público. As vagas ofertadas para esta modalidade são as remanescentes dos processos de ingresso, sendo eles Vestibular, Sisu, Provar e Vagas Ociosas. Puderam solicitar a matrícula especial portadores de diplomas de curso superior, alunos matriculados regularmente em diferentes cursos da Unespar ou em outras instituições e pessoas que concluíram o Ensino Médio.
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