Os docentes Sérgio Maybuk e Andréa Groff, do campus de Campo Mourão da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), vão participar do projeto CooperaAgro, elaborado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), de aplicação de inteligência artificial (IA) na gestão e integração entre cooperativas da agricultura familiar e o município do centro-oeste paranaense.

Aprovado no último dia 9 em chamada pública da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a iniciativa conta com investimento de R$ 2,8 milhões e faz parte do programa do Governo Federal de Cadeias Socioprodutivas da Agricultura Familiar e Sistemas Agroalimentares Sustentáveis para Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs).

Maybuk, economista, contribuirá para o projeto com análises econômicas e gerenciais da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Familiares de Campo Mourão (Coafcam), alinhando as soluções de IA à realidade atual da cooperativa. Já Groff, engenheira agrônoma, dará suporte na área de produção.

O objetivo é aumentar a produtividade e sustentabilidade dos procedimentos agroalimentares, de forma a se adequarem às demandas da Coafcam, desenvolvendo um sistema computacional com tecnologias de IA e rastreamento por georreferenciamento. A aplicação do sistema vai aprimorar a gestão da cooperativa, especialmente no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que fornece alimentos saudáveis e orgânicos para escolas, beneficiando 81 famílias de agricultores.

Liderado pelos professores Igor Wiese e Reginaldo Ré, do departamento de Computação da UTFPR Campo Mourão, o projeto conta com o apoio de parceiros como o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão (Codecam), a Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam), o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), a Secretaria Municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico e a Beontag, além da Unespar.

A chamada pública da Finep e do MCTI objetiva estimular a cooperação local, regional e nacional para a elaboração de projetos de pesquisa visando ao fortalecimento de cadeias produtivas baseadas na biodiversidade brasileira e à expansão da agricultura familiar, promovendo o desenvolvimento sustentável do País, conforme estabelecido pela Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006.