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Programa de Reestruturação dos Cursos encerra fase diagnóstica

Geral, Ensino

publicado: 12/02/2015 17h44 última modificação: 05/07/2022 08h24
Exibir carrossel de imagens Atividade foi realizada na quinta-feira, 17, no campus de Campo Mourão

Atividade foi realizada na quinta-feira, 17, no campus de Campo Mourão

Os relatórios produzidos pelos participantes do Programa de Reestruturação dos Cursos de Graduação e a avaliação aplicada aos estudantes no final do ano passado foram utilizados para a elaboração de diagnóstico sobre a realidade dos cursos da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Os resultados foram compartilhados pela Pró-reitoria de Ensino de Graduação (Prograd) com diretores de Centros de Área, coordenadores de Colegiado de Curso, chefes de Divisão de Ensino, professores e estudantes durante o terceiro encontro geral realizado nesta quinta e sexta-feira, 17 e 18, nos campi de Campo Mourão e Curitiba I, respectivamente.

Pelos dados levantados, foram confirmadas muitas carências e dificuldades enfrentadas, historicamente, pela instituição. No entanto, conforme argumenta o pró-reitor de Ensino, professor Mário Cândido de Athayde Júnior, isso não pode ser tomado como natural e nem como imobilizante à ação que se propõe. “Consideramos que os dados devem ser levados em consideração como condicionantes para termos clareza do lugar de onde estamos e ser o ponto de partida que precisamos para projetar o trajeto necessário à mudança que queremos para nossos cursos.”

Soma-se ao diagnóstico os números referentes ao recente vestibular da universidade que, para o pró-reitor, a baixa procura de alguns cursos também exigem uma análise profunda. Além disso, cabe durante o programa refletir sobre os índices de evasão, situações que inevitavelmente tem resultado pequena quantidade de formandos em carreiras específicas. “Os dados colocam em questão a relevância social dos cursos, a pertinência de sua oferta, ao menos, em seus moldes atuais. A evasão e as estratégias para permanência foram tratadas nos primeiro e segundo encontros gerais”, observa Mário.

A próxima etapa do programa é a formulação dos novos currículos, novas formas de oferta e eventual descontinuidade dos cursos. Para iniciar as reflexões, o encontro reservou uma manhã para palestra e debate com a professora, doutora Lígia Márcia Martins, sobre os princípios e fundamentos da universidade pública, especialmente na função do docente enquanto formador de sujeitos.

Segundo Lígia, os professores carecem mais do que nunca, em face de todas as problemáticas, de otimismo sempre a cada ato de formação humana. Nesse sentido, salienta a importância de formar indivíduos para serem sujeitos da sociedade e não assujeitados. Para isso, a universidade deve sempre atuar se questionando a que veio e a qual missão está vinculada.

Lembrando que a Unespar é formada por grande parte de estudantes trabalhadores, o reitor, professor Antonio Carlos Aleixo, comenta que se os alunos precisarem escolher vão preferir ao trabalho pela questão da sobrevivência. “Então, esse programa é importante para repensar muitos pontos. Temos 68 cursos dos quais 38 são de licenciatura e os que mais têm desistência na comparação com os bacharelados. Mesmo assim, precisamos levar em conta que formamos o maior quantitativo de professores para o interior do Paraná e outros estados. Nesse sentido, a reitoria e as pró-reitorias têm a função de promover a mediação dos grupos e auxiliar na condução da linha administrativa”, pondera.

Além da comunidade acadêmica da universidade, o evento em Curitiba também contou com a presença do conselheiro do Conselho Estadual de Educação do Paraná, doutor Oscar Alves, do presidente da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) e reitor da Unicentro, professor Aldo Bonna, e da secretária de Políticas Educacionais da APP-Sindicato, professora Walquíria Mazeto.