Você sabia que a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) desenvolve um projeto de extensão focado em relações étnico-raciais e políticas públicas no campus de Paranavaí? O "Grupo de Estudos em Relações Étnico-Raciais e Políticas Públicas: Enegrecendo a Universidade" (GREPPEU), coordenado pela professora Adriana Olivera, do colegiado de Pedagogia, surgiu como uma iniciativa fundamental dentro do Núcleo de Educação para as Relações Étnico-Raciais (NERA).

O projeto nasceu da necessidade de abordar temáticas étnico-raciais, percebida pela ausência de estudos voltados a esses assuntos dentro do campus. "Assumi a coordenação do NERA e, a partir de uma parceria com as professoras Karima Omar Handan, do colegiado de Serviço Social, e Maria Luisa Borniotto, também do colegiado de Pedagogia e atual vice-coordenadora do NERA, elaboramos a proposta e o desejo de avançar nesse objetivo comum: enegrecer a universidade", explica a professora Adriana Olivera. 

Os objetivos do GREPPEU incluem desenvolver estudos e ações que reconheçam a universidade como um espaço plural e inclusivo. "Queremos promover uma compreensão mais profunda da realidade da população negra no Brasil, reconhecendo a importância de um espaço acadêmico que valorize a diversidade e contribua para a formação cidadã de nossos estudantes", destaca a professora. 

Para alcançar esses objetivos, o GREPPEU realiza encontros mensais onde são debatidas questões étnico-raciais brasileiras. Esses encontros são oportunidades para troca de conhecimento e experiências, envolvendo outros docentes, acadêmicos e membros da comunidade. "Estamos realizando o estudo do livro 'O Movimento Negro Educador', de Nilma Lino Gomes, que oferece uma perspectiva rica e inspiradora sobre a educação e a luta do movimento negro no Brasil", comenta a professora Adriana.

O próximo encontro está marcado para o dia 24 de outubro, das 18h30 às 19h30, e será conduzido pelas professoras Adriana Oliveira e Luara Alexandre de Santos. Nesse encontro, será discutido o capítulo 7 do livro "O Movimento Negro Educador" e organizada a atividade do CEDH "O Movimento Negro e a Luta em Prol da Igualdade Racial", em alusão ao 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra. Seguindo esse cronograma, no dia 28 de novembro acontecerá o encontro sob a responsabilidade de Adriana Oliveira e Maria Luisa Borniotto, onde será discutida a conclusão do livro. Finalmente, no dia 13 de dezembro, será dedicado à avaliação dos estudos e participação nos encontros propostos pelo grupo, socialização e organização do ano de 2025, com a participação de todo o GREPPEU.

Os encontros do GREPPEU são híbridos, permitindo a participação tanto presencial quanto online, e são abertos a participantes e dirigentes de coletivos e movimentos negros, além de servidores, discentes e docentes da Unespar e toda a comunidade de Paranavaí e região. "Essa abertura é essencial para promovermos um diálogo inclusivo e abrangente, que contemple diversas perspectivas e experiências", afirma a professora.

Com essas iniciativas, o GREPPEU contribui para a luta antirracista e enriquece a formação acadêmica ao valorizar a diversidade dos estudantes e da sociedade. "Esperamos com essa ação contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos os indivíduos tenham suas identidades e histórias reconhecidas e respeitadas", conclui a professora Adriana Olivera.

O projeto GREPPEU, ao integrar estudantes, professores e a comunidade, o projeto se torna um espaço vital para o desenvolvimento de uma consciência crítica e de práticas antirracistas efetivas.