Você sabia que a Universidade Estadual do Paraná (Unespar), por meio de seu campus em Paranavaí, está revolucionando a formação em geotecnologias com o projeto de extensão "Mapeamento e Geoprocessamento com o QGIS"? Coordenado pelo professor Virgilio Bernardino, do colegiado de geografia, o projeto tem atraído grande diversidade de participantes, desde engenheiros, geógrafos e biólogos até médicos e alunos do ensino médio. Criado em 2015, o curso passou por uma significativa transformação durante a pandemia de Covid-19, adaptando-se para um modelo remoto que ampliou seu alcance, chegando a países como Angola e Portugal.

A mudança para o formato online foi um marco importante para o projeto, que viu seu público crescer exponencialmente. As aulas, realizadas ao vivo pelo YouTube e disponíveis para acesso posterior, são estruturadas em 12 encontros com uma carga horária total de 60 horas. O conteúdo do curso inclui tópicos como introdução ao mapeamento, análise espacial, georreferenciamento, mapas temáticos, modelos digitais de elevação e layout de mapas. O QGIS, foco do curso, é um software livre e de código aberto que permite a visualização, edição e análise de dados geoespaciais. "A transição para o online permitiu que atendêssemos a um público muito mais amplo e diversificado", afirma o professor Virgilio. Essa ampla gama de perfis enriquece o aprendizado, promovendo uma troca de conhecimentos e experiências que vai além do conteúdo técnico.

A metodologia do curso combina aulas síncronas com materiais complementares, disponíveis em plataformas como Google Classroom e Telegram. Isso permite uma flexibilidade que atende às necessidades de um público diverso. Os grupos no Telegram, com cerca de 1200 membros, funcionam como uma comunidade ativa onde os participantes trocam conhecimentos, materiais e oportunidades profissionais. "A comunidade que se formou em torno do projeto é um de nossos maiores sucessos. É um espaço vibrante de aprendizado contínuo e colaboração", comenta o professor.

O impacto do projeto é evidente não só no número de inscritos, que varia entre 1000 e 1100 por edição, mas também na taxa de conclusão, que, embora esteja entre 30% e 40%, representa um engajamento significativo considerando o formato online e o perfil diversificado dos participantes. Aqueles que concluem o curso recebem um certificado da Unespar, o que valoriza ainda mais sua formação profissional e acadêmica. "Nosso objetivo é promover o aprendizado e a capacitação no uso de geotecnologias, focando na aplicação prática do QGIS", explica o professor Virgilio.

De acordo com o coordenador Virgilio, a contribuição do projeto para a formação de profissionais capacitados tem sido amplamente reconhecida. Muitos participantes utilizam o conhecimento adquirido para continuar seus estudos em programas de pós-graduação, aumentando a produção científica e a qualidade técnica em suas áreas de atuação. O projeto tem potencial para se transformar em um programa de extensão mais amplo, dada a crescente demanda e o sucesso contínuo.

O projeto "Mapeamento e Geoprocessamento com o QGIS" da Unespar não apenas capacita e democratiza o acesso ao conhecimento, promovendo a inclusão educacional e profissional, ele se consolida como uma referência no ensino de geotecnologias, impactando positivamente a vida de centenas de pessoas e fortalecendo uma comunidade global de aprendizes e profissionais dedicados ao uso de ferramentas geotecnológicas em diversas áreas.