Você sabia que no campus de Paranavaí da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) um projeto está transformando o ensino da matemática de maneira inovadora e inclusiva? O projeto de extensão "Museu da Matemática 3D", coordenado pelo professor Rafael Hungaro, utiliza a tecnologia de impressão 3D para criar materiais didáticos, jogos e sólidos geométricos que auxiliam no ensino e aprendizagem da matemática. Com um enfoque especial na inclusão e acessibilidade, o projeto adapta esses recursos para atender alunos com deficiência visual e transtorno do espectro autista, proporcionando uma compreensão mais concreta e interativa de conceitos abstratos.

O Museu da Matemática 3D propõe uma abordagem inovadora: ao usar a impressão 3D, o projeto possibilita a criação de modelos palpáveis que facilitam a compreensão de conceitos geométricos e matemáticos complexos. “Durante a pandemia, em um evento online de geometria em 2021, percebemos que muitos estudantes enfrentam dificuldades para entender esses conceitos, especialmente devido à falta de recursos concretos e interativos nas escolas”, explica o professor Rafael Hungaro. A tecnologia de impressão 3D, ao ser integrada ao ambiente educacional, ofereceu uma oportunidade de superar essas barreiras, permitindo a criação de materiais dinâmicos e fáceis de usar.

A origem do projeto está na percepção da necessidade de incluir alunos com deficiência visual e aqueles no espectro autista, que muitas vezes não dispõem de ferramentas adequadas para apoiar seu aprendizado em matemática. "Vimos a necessidade de criar materiais didáticos acessíveis para esses alunos, pois eles frequentemente não encontram ferramentas adequadas para apoiar seu aprendizado," afirma o professor. Com essa visão, o projeto foi idealizado para aproximar a matemática dos estudantes de forma inovadora e interativa, integrando tecnologia, pedagogia e inclusão social.

O objetivo geral do projeto é contribuir para a melhoria do ensino e aprendizagem da matemática, utilizando modelos tridimensionais como recurso didático. Isso facilita a compreensão de conceitos de maneira prática e acessível. Além disso, o projeto visa ampliar o interesse e o engajamento dos alunos na matemática, aproximando a disciplina de seu cotidiano e oferecendo formação continuada para professores. Esses educadores são capacitados no uso de tecnologias educacionais, especialmente na integração de modelos 3D às suas práticas pedagógicas.

De acordo com o coordenador Rafael, o impacto do Museu da Matemática 3D é significativo em diversos âmbitos. Educacionalmente, facilita a aprendizagem ao transformar conceitos abstratos em modelos concretos e palpáveis, despertando maior interesse e curiosidade pela matemática e promovendo o engajamento dos alunos. Socialmente, promove a inclusão educacional ao criar materiais acessíveis para alunos com deficiência visual e no espectro autista, garantindo uma educação mais equitativa. Tecnologicamente, o uso inovador da impressão 3D no ambiente educacional demonstra como a tecnologia pode ser integrada ao ensino para resolver problemas reais, incentivando a inovação nas práticas pedagógicas e estimulando a pesquisa e o desenvolvimento de novas metodologias e materiais.

Além de beneficiar diretamente a comunidade escolar, o projeto aproxima a universidade das escolas e da sociedade, demonstrando o papel da educação superior na melhoria das condições educacionais. "Em resumo, o Museu da Matemática 3D não apenas revoluciona o ensino da matemática, mas também promove inclusão, criatividade e inovação, atendendo às demandas de uma educação mais acessível, moderna e eficaz", conclui Hungaro. Para saber mais sobre o projeto, acompanhe a página do Museu da Matemática 3D no Instagram.