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Projetos da Unespar são aprovados em programa da Seti, Fundação Araucária e Sebrae

Geral, Pesquisa

por Paula Fernandes publicado: 19/04/2021 05h30 última modificação: 05/07/2022 08h29

A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) teve dois projetos aprovados na 1ª edição do Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime). O projeto é desenvolvido pelo Governo do Estado por meio da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e tem parceria da Fundação Araucária e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Paraná (Sebrae/PR).

O objetivo do Prime é contribuir com o desenvolvimento econômico e social de todo o Estado a partir da transferência dos resultados das pesquisas acadêmicas realizadas nas universidades estaduais para o mercado.  A iniciativa está voltada para pesquisadores e titulares de patente.  Os profissionais selecionados  receberão apoio para viabilizar a sua invenção. Trata-se de um projeto que irá incentivar a cultura empreendedora no ambiente acadêmico.

Ao todo, 21 projetos de seis Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) tiveram projetos aprovados. O resultado foi divulgado na terça-feira (13). Agora, os projetos receberão mentoria e acompanhamento, passando por fases classificatórias (viabilidade, mercado, demo day e pré-aceleração), conforme os critérios de julgamento estabelecidos em edital.

Na segunda-feira (19) uma cerimônia online vai recepcionar os aprovados e, logo após, os participantes terão o 1º workshop do Prime. A cerimônia tem início às 18h30 e o primeiro workshop, das 19 às 21 horas. Ambos são abertos ao público.

CERIMÔNIA ONLINE E WORKSHOP CLIQUE AQUI

 

Aumentando a vida útil das frutas

Um dos aprovados é o projeto do professor Fernando Henrique Lermen, do Colegiado de Engenharia de Produção do campus de Paranaguá. A patente é intitulada "Polímero de Amido Hidrofóbico, Processo para obtenção do mesmo, Composição, Processo para obtenção da composição, Método de Revestimento e Uso do Polímero de Amido Hidrofóbico" e está registrada no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) pelo número BR1020200179721. Trata-se de uma película que serve para proteger a fruta e aumentar o tempo de vida útil dela. "A patente é tanto do produto quanto do processo de obtenção", explica Fernando.

A co-titularidade da patente é da Unespar, na qual o professor estudou e hoje leciona, em conjunto com a outra co-titular, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde fez Mestrado e Doutorado. O projeto partiu da iniciação científica de Fernando quando ainda era estudante, realizada em 2012/2013. Além de Fernando, também são inventores da película os professores Tânia Maria Coelho e Nabi Assad Filho, da Unespar, e José Luis Duarte Ribeiro e Márcia Elisa Soares Echeveste, da UFRGS.

"A aprovação do Prime mostra a relevância de uma pesquisa científica desenvolvida em uma universidade com poucos recursos chegar ao ponto de ser patenteada e desenvolver vários estudos publicados internacionalmente", salienta. Com isso, o projeto desenvolvido em laboratório vai chegar ao mercado, em especial às famílias que geram perdas e desperdícios de alimentos. "Atualmente, 33% dos alimentos são desperdiçados e, desses, grande parte são frutas. Com a aplicação do biofilme, o tempo de prateleira (Shelf-life) é duplicado", assegura.

Para saber mais sobre o projeto, é possível contatar o professor pelo e-mail fernando.lermen@unespar.edu.br.


Matemática para alunos cegos

Orientado pela professora Maria Ivete Basniak, o projeto é resultado do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) dos estudantes Daniel Jose Kmita e André Felipe Dombrowski, do curso de Licenciatura em Matemática do campus União da Vitória.

Para o projeto, eles desenvolveram dois produtos, materiais construídos com a impressora 3D. Um deles foi é para auxiliar no ensino de divisão de fatoriais e outro no ensino do princípio multiplicativo a alunos cegos. O segundo material foi parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de André.

"Há falta de materiais para ensino de matemática para alunos com necessidade especiais, entre os quais os alunos cegos˜, lamenta Maria Ivete. "Por meio do Prime, o projeto será divulgado e, com isso, contribuir com a inclusão desses alunos nas escolas", completa.

 

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