Teve início nesta quarta-feira, 27, a primeira Conferência de Ciência e Tecnologia do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR). Mais de mil cientistas, políticos e representantes do setor privado participam da programação que está acontecendo em Genebra, na Suíça, até sexta-feira, 29.

A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) também participa do evento com a presença da diretora acadêmica do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres do Paraná (Ceped), professora Danyelle Stringari. A professora levou para a conferência um trabalho que trata sobre a criação do redesastre como estratégia para o desenvolvimento de capacidades e suporte à implementação do Marco de Sendai no Paraná.

Segundo Danyelle, o trabalho foi desenvolvido com o pesquisador da área de desastres e diretor do Ceped, capitão Eduardo Gomes Pinheiro. Como explica, o marco foi aprovado na Terceira Conferência Mundial sobre a Redução do Risco de Desastres, em março do ano passado, em Sendai, no Japão. Por meio das metas que apresenta, tem como um dos objetivos reduzir o risco de desastres de modo conciso, focado e orientado para o futuro.

A diretora acadêmica do Ceped/PR salienta que na conferência há uma mobilização para incentivar a implementação do Marco de Sendai em todos os países, uma vez que, durante a programação serão definidas as ações que serão realizadas pela comunidade acadêmica e científica nos próximos 15 anos. “A ONU quer a comunidade científica envolvida e incentivando a implantação do Marco que possui metas para serem cumpridas até 2030. Além disso, na conferência serão traçadas ações para que atuaemos não apenas em situações de reparo, mas também na prevenção”, completa.

No Paraná, o Ceped conta com a participação da Unespar no assessoramento do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil (Sepdec), inserindo-se diretamente na estrutura da Casa Militar do Governo do Paraná, relacionando-se também com o Conselho Estadual de Proteção e Defesa Civil (Ceprodec), com a Divisão de Proteção e Defesa Civil (DPDC) e com as Coordenadorias Regionais de Proteção e Defesa Civil (CORPDEC).

Importância – Em pronunciamento nesta terça-feira, 26, o diretor da agência da ONU, Robert Glasser, destacou a importância da ciência para auxiliar na redução da exposição da população mundial a fenômenos extremos, que já afetam 100 milhões de pessoas por ano. Para ele, “a aplicação da ciência e da tecnologia é vital para reduzir as perdas crescentes vinculadas a desastres que podem, frequentemente, piorar o potencial para lutas e conflitos em muitas partes do mundo, particularmente em lugares onde os ecossistemas estão sendo perdidos.”

(Com informações da AEN e ONUBR)