Pelo segundo ano consecutivo a Universidade Estadual do Paraná (Unespar) participará do Vestibular dos Povos Indígenas no Paraná. Pessoas pertencentes a comunidades indígenas localizadas no estado podem se inscrever no processo seletivo e concorrer uma das seis vagas para ingresso nos 67 cursos de graduação da instituição.

As inscrições podem ser realizadas até 9 de setembro no endereço www.unioeste.br/portal/vestibularindigena. Após o preenchimento da inscrição online o candidato deve imprimir a ficha de inscrição e a carta de recomendação/autodeclaração, anexar os documentos solicitados no edital do concurso e enviar via correios ou entregar em uma das universidades.

O processo de seleção consiste em uma prova oral, redação e prova objetiva com cinco questões de cada disciplina do Ensino Médio. No dia 30 de outubro, será aplicada a prova oral em língua portuguesa. No dia seguinte, a prova objetiva e a redação.

Neste ano, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) sediará o vestibular que é coordenado pela Comissão Universidade para os Índios (CUIA) estadual, com apoio das sete universidades estaduais paranaenses e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). No ano passado, foram registradas 495 inscrições, número que já foi maior que em 2014, quando foram 420 inscritos.

Vagas e Incentivo
Além da Unespar, a Unioeste, a UEL, a UEM, a Uenp, a UEPG e a Unicentro também oferecem seis vagas cada em seus cursos de graduação. Já a Universidade Federal do Paraná (UFPR), oferece dez vagas em cursos de graduação e técnicos pós-médios a pertencentes a etnias indígenas e residentes no Brasil.

A mesma lei que criou o vestibular para indígenas estabeleceu a concessão de uma bolsa de assistência para os que entrarem na universidade. Atualmente, a bolsa é de R$ 900,00 e para quem tem filhos dependentes é de R$ 1.350,00.

Regras
Diferentemente do que ocorre com os outros alunos, no vestibular indígena o candidato escolhe apenas a universidade onde deseja estudar e não o curso. A escolha da graduação é feita pelo aluno no ato da matrícula. Na UEL, existe o Ciclo Intercultural de Iniciação Acadêmica, com duração de um ano, no qual os alunos indígenas recebem formação intermediária entre a educação básica e o ensino superior.

Histórico
O Paraná, que tem 17 áreas de reservas indígenas demarcadas, foi o primeiro Estado do Brasil a estabelecer uma política pública de ingresso e permanência de indígenas em universidades públicas no Brasil. O Vestibular dos Povos Indígenas começou há 15 anos, com 52 candidatos e 15 vagas, três em cada uma das então cinco universidades estaduais, da época. O número de vagas aumentou para seis em cada universidade em 2006. Nestes 15 anos foram oferecidas 577 vagas para indígenas.

(Com informações da Assessoria de Imprensa da SETI)