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Unespar participa da III Conferência Regional de Educação Superior para a América Latina e o Caribe
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A luta e defesa pelo ensino superior público e pela integração da América Latina e Caribe marcaram a III Conferência Regional de Educação Superior (CRES 2018), realizada entre 11 e 15 de junho, na cidade de Córdoba, Argentina. A Universidade Estadual do Paraná (Unespar) esteve presente no evento, juntamente com a delegação da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), por meio do vice-reitor Sydnei Roberto Kempa, da Diretora do Escritório de Relações Internacionais, Gisele Onuki, e do Diretor de Ensino, Fábio Borges.
Organizada pelo Instituto Internacional para a Educação Superior na América Latina e Caribe (Unesco-IESALC), pela Universidade de Córdoba, pelo Conselho Interuniversitário Nacional (CIN) e pela Secretaria de Políticas Universitárias (SPU) do Ministério da Educação da República Argentina, a CRES 2018 é uma das reuniões preparatórias da Conferência Mundial sobre o Ensino Superior, que ocorrerá em Paris, em 2019.
Reunindo Reitores(as), vice-reitores(as), diretores(as), estudantes, sindicatos, organizações governamentais e não governamentais de todo o continente, o evento tem como objetivo discutir e coordenar critérios e formular propostas e alinhamentos de ação com a finalidade de consolidar a Educação Superior como um bem social, direito humano e universal, e responsabilidade dos Estados.
O evento contou com a realização de uma série de painéis e eixos temáticos e mesas de debate. No eixo “Diversidade Cultural e Interculturalidade”, do qual participou o professor e diretor de ensino da Unespar, Fábio Borges, as principais discussões foram em torno da luta contra o desmanche que as universidades públicas vêm sofrendo.
“Essa defesa do ensino superior público foi o tema mais forte que eu ouvi em toda a CRES, é uma preocupação de toda a América Latina e Caribe ” explica o diretor. Outro destaque feito por Borges a partir dos debates presenciados foi a respeito da necessidade do fomento de parcerias entre as universidades latinas e caribenhas, que no Brasil ainda não são muito proeminentes.
O professor ressalta também as discussões em torno da inclusão. “A preocupação com a inclusão esteve presente nos mais variados sentidos, desde políticas de acesso ao cuidado com a permanência dos alunos.Também falou-se muito em educação indígena, assunto em que ainda estamos atrasados no Brasil. A Bolívia, Peru e Equador já contam com universidades abertas exclusivas para indígenas”, disse.
Conferência Mundial de Educação Superior
Dois documentos foram encaminhados na cerimônia de encerramento do evento: a declaração e plano de ação, o qual será definido nos próximos meses. Ambos servem como diretrizes para a participação latino-americana e caribenha na Conferência Mundial de Educação Superior da Unesco.
“A declaração é um instrumento político e o plano de ação é a parte concreta. Nossa meta é que a declaração se converta em propostas permanentes. O plano tem duração de 10 anos e deve ser implementado a partir de janeiro de 2019”, declarou o diretor do IESALC, Pedro Henríquez Guajardo, sobre a importância dos dois documentos para a elaboração de uma concepção da educação superior na região.
“Ao meu ver, a conclusão da Conferência catalisa um anseio de todos aqueles que militam na e pela Educação Superior, que é a defesa das universidades como um bem público e, sobretudo, pertinente, fundamental”, disse o vice-reitor da Unespar em entrevista à redação da Abruem durante o evento.
Manifesto da Reforma Universitária
Realizada a cada dez anos, esta terceira edição a CRES marca também o centenário da Reforma Universitária de Córdoba de 1918, em defesa da autonomia e democratização da universidade pública latino americana e da emancipação das universidades europeias.
A Reforma foi homenageada em evento da programação do CRES, realizado no dia 15 de junho, na Universidade Nacional de Córdoba (UNC), na Argentina, com o juramento dos dois mil graduandos diplomados durante a cerimônia e com um público total de cinco mil pessoas.
O juramento, lido pelo reitor e presidente do Conselho Interuniversitário Nacional (CIN) da Argentina, Hugo Juri, convocou os estudantes a "trabalhar pela construção de um conhecimento socialmente responsável; a colocar o conhecimento a serviço da igualdade social e da democracia, a defender a educação pública e gratuita e reafirmar o compromisso com os princípios do Manifesto da Reforma Universitária".
O movimento marca o início do processo de luta pela construção de um modelo institucional que atribui identidade à universidade latino-americana, bem como de um modelo de ensino superior renovado. O texto inaugural do movimento é intitulado “La juventud argentina de Córdoba a los hombres libres de Sud América” e foi tema de um dos sete eixos temáticos da Conferência.
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