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Unespar presta homenagem às mulheres cientistas no Dia Internacional da Mulher
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Cada dia mais mulheres assumem postos frente à pesquisa acadêmica. De acordo com dados divulgados pelo Instituto de Estatísticas da Unesco (UIS), a última década ficou marcada pelo avanço de meninas e mulheres na educação, em todos os níveis de ensino. Já o relatório Gender in the Global Research Landscape, da Elsevier, mostra que, no Brasil, as mulheres são maioria na pós-graduação.
Para a diretora de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Thais Gaspar, apesar da produção do conhecimento científico ser considerada, ao longo da história, como um domínio reservado aos homens, a constatação não significa que as mulheres foram excluídas totalmente do processo. "A resistência existente à presença delas no campo científico faz parte de uma construção sócio-histórica", considera a professora.
Para ela, ser mulher e pesquisadora na sociedade em que vivemos significa ter clareza das desigualdades existentes entre homens e mulheres em diferentes áreas, particularmente no campo da ciência. "Às mulheres, culturalmente foi delegada a função do cuidado, da proteção e da reprodução da força de trabalho", pontua a diretora. "Existe uma forma de organização do mundo social que parece natural e é materializada nas relações sociais bem como nas relações cognitivas, éticas e políticas entre homens e mulheres e, consequentemente, no campo da produção do conhecimento científico", acredita.
Por isso, ser mulher e pesquisadora neste contexto é ocupar um espaço dominado por valores e padrões masculinos. Contudo, os números da Unespar acompanham o crescimento visto no Brasil e no mundo acerca das mulheres na pesquisa. Dos 60 Grupos de Pesquisa da Unespar certificados pelo CNPQ, 37 são de liderança de professoras. Num levantamento realizado com os projetos de pesquisa registrados em 2020, mesmo durante o isolamento social, 56,04% são de mulheres.
Uma das portas de entrada para a ciência é a Iniciação Científica (IC). Na Unespar, 44,52% das orientadoras de IC são mulheres. Os números são referentes aos programas de Iniciação científica e tecnológica da Unespar 2020-2021. "Grande parte das mulheres, cotidianamente, enfrentam não apenas uma múltipla jornada, mas também uma grande carga mental, se considerada a divisão sexual do trabalho na sociedade contemporânea", salienta Thais. E finaliza parafraseando Simone de Beauvoir: "não se nasce pesquisadora, torna-se”.
Por isso, neste dia 8 de março, a Unespar homenageia a todas as mulheres ao relembrar sobre algumas cientistas e pesquisadoras. Na imagem, estão destacadas: Nadia Ayad, Sayuri Magnabosco, Georgia Sampaio, Marilda Sotomayor, Maria Laura Mouzinho Leite Lopes, Adriane Ribeiro Rosa, Ludhmila Abrahão Hajjar, Maria Brasilia Leme Lopes, Sonia Gumes Andrade, Sonia Dietrich, Virginia Leone Bicudo, Heleieth Saffioti, Carmen Portinho, Carolina Horta Andrade, Elisa Frota Pessoa, Graziela Maciel Barroso.
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